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Arouca
Faz parte do maciço da Gralheira, juntamente com a serra da Arada (1057 m) e do Arestal (830), ultrapassando alguns dos seus cumes, os 1000m de altitude. Ao longo da sua vasta extensão, para além de muitos outros atractivos, pode deparar-se com a Frecha da Mizarela, a secular Capela da Sr.ª da Laje, o fenómeno único das Pedras Parideiras, a Portela da Anta e algumas das Aldeias mais características da região, como a Castanheira, Cabreiros e Cando. Queda de água no Rio Caima, com mais de 60 metros de altura. Pode ser observada de um miradouro junto ao lugar com o mesmo nome ou Lugar da Castanheira, no lado oposto da encosta. Fenómeno de granitização único no país e raríssimo no mundo inteiro. Trata-se de um afloramento granítico que tem encrostados nódulos envolvidos por uma capa de biotite em forma de disco biconvexos aos quais, por efeito de erosão, se soltam da pedra-mãe mãe daí a denominação “parideiras”. Situa-se em plena Serra da Freita nas imediações do lugar da Castanheira. Aldeias plenas de rusticidade, carregas de tradição e de história, perdem-se, aqui e além no meio das paisagens deslumbrantes das Serras de Arouca, constituindo o encanto para a visita e um bálsamo para o espírito. Segundo a documentação existente, o antigo Mosteiro de S. Pedro, data do século X. No ano 1210 o Mosteiro de Arouca é legado à D. Mafalda, por seu pai, D. Sancho I, Rei de Portugal. No entanto, o inicio do seu padroado ocorre apenas em 1217 ou mesmo em 1220. Embora nos seus primórdios a regra adoptada no Mosteiro tenha sido a da Ordem de S. Bento, no início do séc. XIII viria a ser adoptada a da Ordem de Cister, que se manteria até finais do séc. XIX. Nos sécs. XV e XVI foram realizadas diversas obras de reconstrução e ampliação do Mosteiro, datando o imponente edifício, tal como o vemos hoje, dos secs. XVII e XVIII. Os espaços mais notáveis de todo o conjunto são a Igreja, o Coro das Freiras, os Claustros, o Refeitório e a Cozinha. Merece referência especial o magnifico Museu de Arte Sacra que nele se alberga – um doas melhores, no seu género, em toda a Península Ibérica -, no qual, para além de múltiplos objectos de culto, paramentos, peças de mobiliário, manuscritos litúrgicos, se podem encontrar peças raríssimas nas artes da escultura, pintura tapeçaria, ourivesaria, etc. Crustáceos marítimos que dominaram a fauna do planeta durante a era Paleozóica. Encontram-se em Canelas – Arouca algumas das maiores e mais raras e até únicas espécies do mundo. Estes fósseis são da maior importância, mesmo a nível internacional, para estudo da origem e evolução da vida na Terra. Estes animais, que viviam em águas profundas ou em águas superficiais, extinguiram-se rapidamente há cerca de 230 milhões de anos. A conhecida ponte de Alvarenga começado a ser construída por volta do ano de 1770, ficando concluída em 1791. É provável que tivesse existido uma outra ponte no local onde se encontra a actual construção que remonta ao séc. XVIII. A actual obra foi mandada construir por alvará de D. Maria I, de 15 de Fevereiro de 1791. Os custos importaram em 3.300 reis. Foi determinante na execução desta obra, o facto de um prelado Lamecense, D. Manuel de Vasconcelos Pereira, ter estado em risco de morrer afogado quando tentava atravessar nesse mesmo local do rio numa barca e esta se virou devido as condições do caudal do rio que estava em cheia, no local onde viria a ser edificada a actual construção. A ponte apresenta uma altura de cerca de 20,80m e é em cantaria, tem 2 arcos de volta inteira, sendo o maior destinado ás aguas do rio e o outro para os pescadores. A extensão do vão do primeiro é de 16,40m e do segundo 2,50m. O comprimento total da ponte é de 42 metros e a largura da plataforma da faixa de rodagem 4,33m. Estabelece a ligação entre as freguesias de Canelas, que se situa na sua margem esquerda, e a de Alvarenga que está na direita, dista do lugar de Trancoso, em Alvarenga, 4 km. Esta ponte é conhecida como ponte de Alvarenga devido a encontra-se apenas a 30m de uma segunda ponte mais pequena e recente, a direita do rio na freguesia de Alvarenga. Nascem ou atravessam as terras de Arouca os rios Paiva, Arda e Caima, todos eles com seus recantos idílicos e praias fluviais de grande beleza paisagística. Entre estas, destacam-se as do Areínho, Espiunca, Vau, Paradinha, Janarde e Meitriz, no Rio Paiva e Albergaria da Serra, no Caima. Arouca recebe, ao longo do ano, milhares de visitantes cativados pela excelência da sua gastronomia. Os pratos à base de vitela arouquesa, do cabrito da Gralheira e da doçaria regional e conventual constituem um dos seus maiores atractivos. Os animais de raça arouquesa são de pequeno porte, de formas harmoniosas e de pelagem clara. Têm um temperamento dócil, mas enérgico e possuem excelentes qualidades de trabalho. São criados em liberdade pelas encostas serranas, alimentados à base da vegetação natural que recobre essas encostas, facto que confere a sua carne, deliciosamente tenra, um inigualável sabor, Esta carne está reconhecida com a denominação de origem protegida e está certificada desde finais de Dezembro de 1998.
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